A Ilha de Páscoa é, atualmente, uma região desabitada de 338 km2,
localizada no Oceano Pacífico, a 3.200 km da Ilha de Pitcaim.
Acredita-se que antigamente (1500 a.C.) era habitada na parte sul por
cerca de 7.000 pessoas. Seus habitantes foram os autores das imponentes
estátuas de pedra, com altura média que ultrapassava 6 m e mais ou menos
90 toneladas, encontrando-se disseminadas por toda a ilha. Os primeiros
moradores chegaram à ilha por volta de 4000 a. C.
Entretanto, quando a ilha foi encontrada em 1722 pelo almirante holandês
Roggeveen, nela encontrava-se uma sociedade primitiva e com muitos
problemas de subsistência. Não haviam árvores e a erosão do solo
estendia-se por toda a ilha. A extinção dos habitantes de grande parte
da ilha e o declínio de seu apogeu foi um mistério, e em certa medida
ainda continua sendo.
O
que se sabe é que uma gestão não-sustentável dos recursos naturais da
ilha e o total desmatamento (atualmente na ilha não há uma única árvore)
desencadeou uma série de conflitos socioeconômicos e ambientais cada
vez mais intensos, que se derivaram em guerras, fome, atos de
canibalismo e na conseqüente morte de uma grande parcela da população.
A
Ilha de Páscoa é um lamentável exemplo e um alerta para o mundo. É um
claro exemplo da dependência das sociedades humanas em relação ao meio
ambiente e das sérias conseqüências de uma alteração irreversível. A
ilha tinha recursos naturais finitos e suficientes, mas seus habitantes
não souberam exercer sobre eles uma adequada gestão. Da mesma forma, a
biosfera tem também seus limites e o homem deve ajustar suas
necessidades às possibilidades de recuperação apresentadas por ela.