HISTÓRIA DO DESIGN DE MÓVEIS

O Século XIX

Neoclassicismo

O Neoclassicismo buscava uma revalorização dos princípios da arte clássicas como fonte de inspiração, aos móveis influenciados pela arte grega, romana, renascentista, barroca. Eram os chamados neo: neoclássico, neobarroco, neorococó, etc.
Neoclassicismo trazia referências clássicas (Diretório, Império)
NEO=NOVO
PERÍODO DIRETÓRIO





 

 Ecletismo
•Concepção que adotava estilos passados, com uma interpretação particular e ligada mais ao momento inicial da industrialização do que com as origens dos estilos.
•Chamado de ecletismo porque as referências de estilos eram muitas e as formas como eram aplicadas aos móveis eram diversas, ecléticas.
Alguns críticos apontavam uma certa confusão que era causada por esta visão eclética dos estilos: a perturbação visual em alguns modelos, que possuíam tantas referências que não se poderia filiar a uma época definida a produção. Nem à época do estilo no qual era inspirado nem à época atual, do século XIX
CRISE DE ESTILOS (Industrialização)

•Havia uma crise ocorrendo em relação aos estilos na decoração e no mobiliário.

•Revolução Industrial - algumas razões para esta crise:

•Perda de certezas e referências quanto à organização social e do trabalho. As antigas corporações de ofícios artesanais foram substituídas pelas fábricas; construções escuras e mal ventiladas que pareciam mais com prisões do que com os locais de trabalho

•O trabalho tornava-se mais especializado, com divisões e tempos definidos e calculados.

•Algumas máquinas já faziam o trabalho de vários operários, ou antes ainda, de artesãos

•Uma opção que pareceu razoável para os criadores do século XIX foi olhar para a Antiguidade Clássica na hora de buscar referências e inspiração para suas criações.

OBS: as referências eram antigas, mas a forma de inseri-las ou adotá-las não levava em consideração sua origem, história, época.

Os elementos, formas, princípios eram adotados de acordo com uma visão particular, gerando controvérsias.


 
  Isto aconteceu também na arquitetura, quando os projetos de edifícios eram definidos de acordo com os possíveis usos. Uma biblioteca, por exemplo, poderia adotar o modelo arquitetônico clássico, assim como universidades, escolas, espaços públicos, enquanto que para as residências  eram indicados outros estilos arquitetônicos.

Estilo Regência (Inglaterra, séc. XIX)


O estilo do Império Francês influenciou as artes na Inglaterra, principalmente mobiliário. Se não tinha o ornamento napoleônico, era bem proporcionado e mais elegante que o francês dessa época. Depois tornou-se excessivamente ornamentado e grosseiro. Neste estilo as paredes das residências eram pintadas em cores fortes, contrastando com as cores pálidas dos interiores de Adam.



Usavam colunas dóricas e jônicas, o ornamento seguindo o modelo clássico. A decoração do interior era de caráter simples e severo e nas salas usavam bustos de filósofos e heróis da antiguidade.



Estilo Vitoriano

A decadência das artes observada na Regência, continuou no reinado da Rainha Vitória, que não apoiou os movimentos artísticos, apesar de ser um governo financeiramente próspero. Observou-se uma variação de estilos, com influência indiscriminada do Gótico, Luís XV, egípcio, turco e veneziano. Eram movimentos feitos sem inteligência ou preocupação de detalhes. O próprio interior era uma confusão de estilos e cores, sempre forte, com painéis pseudogóticos. A decoração era de mau gosto com ornamentação em excesso.

No mobiliário a principal influência foi do estilo Luís XV, os móveis pesados e mal proporcionados feitos em nogueira, jacarandá, ébano e mogno com entalhações de madrepérolas.
 
 
Arts and Crafts (Inglaterra, século XIX)

O movimento Artes e Ofícios nasceu na Inglaterra, no final do século XIX, com uma proposta reformista para o design. O movimento contava com designers e arquitetos preocupados com os efeitos da produção industrial e com o crescimento de produtos de baixa qualidade e muito ornamentados. Os integrantes do Arts and Crafts defendiam uma abordagem mais ética do design, pautada pela simplicidade e verdade dos materiais, com menos decoração e mais qualidade. Entre as propostas estava a valorização do artesanato tradicional e do trabalhador, que segundo alguns integrantes, havia se transformado em “escravo pago” da nova sociedade industrial. (FIELL, 2005, p.62).

 
•O movimento recebeu grande influência das idéias de Augustus Pugin e John Ruskin. O arquiteto, designer, tipógrafo e editor William Morris buscou colocar em prática os ideais reformadores do movimento com os produtos criados na Morris, Marshall & Faulkner & Co (1861) e na Morris & Co (1874).

•Seus produtos eram fabricados segundo os métodos e técnicas artesanais, com simplicidade de formas e qualidade de acabamento. Morris acreditava que a especialização de tarefas, tão característica do processo industrial, era responsável pela alienação do trabalhador. Para Morris, a mecanização e industrialização só poderiam ser benéficas se produzissem produtos de qualidade e diminuíssem a carga do trabalhador. (FIELL, 2005).

No Arts and Crafts, estava presente a inspiração nos valores medievais, como as antigas guildas e corporações de ofícios.




William Morris: os produtos da Morris & Co caracterizavam-se pelas formas simples, qualidade de materiais e acabamento, pouca ornamentação. Morris baseou-se em formas vernaculares, ou seja, formas consideradas naturais, simples, na criação de móveis, tapeçaria, papéis de parede. 

 Revolução Industrial
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.

Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.

Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.
   De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa.
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana.
 
 
Ao final do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).


A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Europa devido a três fatores: 1) os comerciantes e os mercadores europeus eram vistos como os principais manufaturadores e comerciantes do mundo, detendo ainda a confiança e reciprocidade dos governantes quanto à manutenção da economia em seus estados; 2) a existência de um mercado em expansão para seus produtos, tendo a Índia, a África, a América do Norte e a América do Sul sido integradas ao esquema da expansão econômica européia; e 3) o contínuo crescimento de sua população, que oferecia um mercado sempre crescente de bens manufaturados, além de uma reserva adequada (e posteriormente excedente) de mão-de-obra.

 Art Nouveau



Estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas.
Foi destaque durante a Belle époque: período de cultura cosmopolita na história da Europa que começou no final do século XIX (1871) e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. A expressão também designa o clima intelectual e artístico do período em questão. Foi uma época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o quotidiano.
 
  Inspirado nos ideais do Arts and Crafts. Reuniu artistas, arquitetos e designers em diferentes países, sob uma mesma unidade formal. Alguns Críticos chamaram de: O primeiro estilo internacional moderno.









O Art Nouveau não pretendia revalorizar estilos passados e sim criar algo realmente novo que traduzisse o clima da época, de efervescência cultural e inovações tecnológicas.
A loja do comerciante e colecionador Sigfried Bing, chamada Lart Nouveau, aberta em 1895 em Paris, contribuiu para o novo estilo decorativo, que se popularizou em vários países com denominações locais:
-Jugendstil na Alemanha
-Liberty na Itália
-Sezession ou Secessão na Áustria
-Flower art na Inglaterra
-Modern Style, Liberty ou estilo Floreale na Itália
O Art Nouveau sofreu Influência Japonesa:
-valorizava o espaço em branco do papel
-composição precisa dos elementos figurativos
-movimento e textura gráfica da pincelada.
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-Podemos perceber essa influência direta na composição e desenho, extremamente gráficos e econômicos, de Aubrey Beardsley, um dos pioneiros do design (e do desenho artístico) moderno.
-expressividade da caligrafia japonesa pode ter influenciado também muito da caligrafia expressionista.

O Art Nouveau possui duas correntes dentro do mesmo estilo:
 
Orgânica:
- Escapismo para a Natureza
-curvas assimétricas, motivos decorativos florais ou botânicos
- representação de animais/insetos tais como a libélula, a borboleta, o cisne ou o pavão.

Geométrica:
Já a segunda corrente caracteriza-se por formas geométricas estilizadas e contornos mais contidos.
   
Segundo Cardoso (2004), as duas correntes representariam, de um lado, a suavização da estética mecânica e da própria sociedade industrial mecanizada do início da industrialização; do outro, uma antecipação da geometria e linhas retas do modernismo, numa aceitação da estética mecânica.
  O movimento Art Nouveau produziu os mais variados artigos: cartazes, jóias, objetos decorativos, luminárias, mobiliário, arquitetura e obras urbanísticas. Os materiais utilizados eram industrializáveis, tais como o ferro, o vidro, além de novas técnicas de fabricação, como o método de curvar e moldar madeira, desenvolvido por Michel Thonet.

 
Móveis:
Carlo Bugatti (1856-1940)
Eugène Gaillard (1862-1933)
Louis Majorelle (1859-1926)
Henry van de Velde (1863-1957)
 




Idéia rudimentar de móvel
A utilização de móveis implica uma existência sedentária. A ideia rudimentar de mobiliário pode ser observada nas ruínas de Skara Brae.

No local, vivia uma comunidade de caçadores e pescadores, no período Neolítico. As ruínas nos dão uma ideia de como os antigos habitantes começaram a estrutura suas casas, utilizando placas de pedras como prateleiras e pedras empilhadas para criar a mobília.






EGITO
 
A primeira sociedade a utilizar móveis, da qual temos notícia, é o Egito. A tradição de preservar os mortos e seus pertences possibilitou a descoberta de vários móveis em tumbas como a da Rainha Hetepheres e a do jovem faraó Tutankhamon.

Os egípcios já utilizavam grande parte dos modelos  de mobiliário conhecidos atualmente, como bancos, cadeiras, camas e mesas. Os móveis egípcios sofreram poucas modificações em cerca de 3.000 anos de história. A mobília egípcia divide-se em móveis cerimoniais, associados à representação de poder, com uso de simbolismos, como por exemplo, o trono. E a mobília utilitária, como as camas, bancos pequenos e apoios para cabeça.
•Os tronos e cadeiras cerimoniais eram revestidos de ouro e prata, enquanto a mobília utilitária possuía poucas decorações e os modelos mais simples permaneciam com a coloração natural da madeira.
•Os móveis egípcios apresentam características distintas, como o costume de decorar os pés da cama e o emprego dos pés com forma de patas de animais. Esse costume teve origem remota na utilização de ossos de animais na confecção de pernas dos móveis.
No Egito, os artesãos já conheciam sistemas de encaixes para madeira; usavam cavilhas e tinham habilidade na construção e no acabamento de móveis de madeira. A decoração era feita com pedras preciosas, ouro, prata, ébano, marfim, vidro e cerâmica. 







GRÉCIA
 
Existem poucos registros sobre o mobiliário grego; as informações conhecidas são de vasos e relevos. O móvel grego é adaptado às dimensões humanas; influência da cultura humanista e do desenvolvimento das artes gregas.

As cadeiras são divididas em modelos de honra, usados em cerimoniais ao ar livre, como o
kline, e uso comum, como a cadeira klismos, voltada ao universo feminino. O mobiliário grego possui proporções mais harmônicas, com assentos mais baixos e dimensões menores do que os modelos egípcios.


Os gregos também usavam mesas pequenas, para fazer as refeições e apoiar objetos. Os pertences eram pendurados nas paredes ou guardados em arcas e armários.



 ROMA
O mobiliário romano é derivado do móvel grego, mas distingue-se pela suntuosidade e pelo emprego de materiais nobres, como o bronze e o mármore. Os móveis romanos possuem grande variedade de tipos, divididos entre o uso comum e o uso cerimonial.

Os romanos desenvolveram alguns modelos, como a cadeira
semi-circular e as mesas pequenas com três pés, usadas para refeições. O vocabulário decorativo do mobiliário inclui os carcaterísticos pés com forma de patas de leão e também cariátides e outras figuras mitológicas que ornamentam as pernas de mesas.


Entre os móveis de assento, o 
lectus era um dos mais importantes, presente na maioria das casas romanas. Suas funções eram variadas: descanso, fazer refeições, conversar. Utilizado como assento e repouso, sobretudo em cerimônias e banquetes. Confeccionado em madeira, tinha uma cabeceira ornamentada com motivos decorativos em bronze, que servia como apoio para o braço quando se estivesse recostado. 

Já a cattedra era uma cadeira com encosto, geralmente usada pelas mulheres e idosos.Este modelo é adotado posteriormente no período medieval, no espaço religioso.
Outro móvel de assento utilizado pelos romanos era a sella curulle, um modelo sem encosto, derivado dos bancos, com dimensões generosas.
Outros modelos de móvel de assento são representativos da suntuosidade e da solidez dos móveis desenvolvidos pelos romanos. Por exemplo os pés com forma de pata de leão e o encosto semi-circular
Entre os móveis romanos destacam-se os modelos utilitários, como algumas mesas e braseiros. As mesas utilizadas em áreas externas eram geralmente confeccionadas em bronze e mármore no tampo. As pernas eram ornamentadas com figuras decorativas e cariátides.



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  O Móvel Medieval  

Durante a Idade Média (século V ao XV), a arte européia foi marcada por uma forte influência da Igreja Católica. Esta atuava nos aspectos sociais, econômicos, políticos, religiosos e culturais da sociedade. Logo, a arte medieval teve uma forte marca temática: a religião. Pinturas, esculturas, livros, construções e outras manifestações artísticas eram influenciados e supervisionados pelo clero católico.
Estilo Românico 

Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII). Na arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-perfeita e abóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas e existiam poucas e pequenas janelas. Tanto as igrejas como os castelos passavam uma idéia de construções “pesadas”, voltadas para a defesa. As igrejas deveriam ser fortes e resistentes para barrarem a entrada das “forças do mal”, enquanto os castelos deveriam proteger as pessoas dos ataques inimigos durante as guerras. 

Com relação às esculturas e pinturas podemos destacar o caráter didático-religioso. Numa época em que poucos sabiam ler, a Igreja utilizou as esculturas, vitrais e pinturas, principalmente dentro das igrejas e catedrais, para ensinar os princípios da religião católica. Os temas mais abordados foram: vida de Jesus e dos santos, passagens da Bíblia e outros temas cristãos. 

Estilo Gótico 


O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV). As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia com que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos também foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados. 

Com relação às esculturas góticas, o realismo prevaleceu. Os escultores buscavam dar um aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos).  

No tocante à pintura, podemos destacar as iluminuras, os vitrais, painéis e afrescos. Embora a temática religiosa ainda prevalecesse, observa-se, no século XV, algumas características do Renascimento: busca do realismo, expressões emotivas e diversidade de cores. 

A Idade Média - poucos registros de mobiliário.
-provenientes de igrejas e mosteiros - batalhas, invasões e mudanças constantes.
-a vida era rude, até mesmo para os nobres.
-pouca mobília, que era transportada em viagens. Muitos modelos eram dobráveis ou desmontáveis; origem da mesa de cavalete nesta época.
-móveis eram dispostos ao redor das paredes dentro do espaço.
-espaços não possuíam funções definidas, como dormir, cozinhar, receber. Nas primeiras cidades, era comum uma família compartilhar um grande salão, onde eram colocadas camas e mesas, muitas vezes movimentadas de acordo com a necessidade.
O mobiliário medieval também possuía múltiplas funções, como por exemplo, a arca-banco.
A mobília nesta época possui aspecto mais rude e austero, geralmente com dimensões pouco proporcionais. O requinte do mobiliário estava ligado mais ao trabalho executado na madeira do que aos materiais empregados. Esta austeridade e rigidez do móvel medieval refletem alguns aspectos da sociedade na qual estavam inseridos.
Camas com dosséis: privacidade, proteção e diferenciar pessoas de hierarquias diferentes dentro de um mesmo cômodo, já que os espaços eram compartilhados por muitas pessoas. Almofadas são colocadas sobre os móveis, que ainda não são estofados. São feitos de madeira e sobre o assento é colocada a almofada, para diminuir a dureza.
 


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O Móvel do Renascimento  1500-1600

época de afirmação de conceitos novos no mobiliário.
A casa deixa de ser concebida apenas como a habitação, adquirindo o sentido de residência.
Móveis tornam-se parte dos interiores, integrando o planejamento arquitetônico.
vocabulário completamente novo de ornamentos:  cornijas, cariátides, festões, etc.
A mobília de luxo, entretanto, ainda é rara; prevalece um sentido medieval no mobiliário, de certa rigidez em alguns modelos.
O móvel do Renascimento possui um claro sentido arquitetônico, sendo semelhante aos edifícios da época. Algumas peças parecem miniaturas da arquitetura.
O Renascimento adquire algumas particularidades, como a marcante influência árabe na Espanha
destaque do período renascentista,
cassone a cassapanca
 A cassone era um tipo de arca, geralmente usada como presente de casamento, com enxoval e pertences bem guardados. Era um móvel bastante trabalhado e ornamentado, com entalhes, cenas pintadas com temas ligados à Antigüidade Clássica ou mitologia grega, com pés em forma de pata de leão.
a cassapanca era um móvel de guarda, que também servia como assento, com menos ornamentos do que a cassone. Era de uso do senhor da residência, demarcando seu lugar e importância perante criados e visitantes. 
O elemento arquitectónico cornija é uma faixa horizontal que se destaca da parede, a fim de acentuar as nervuras nela empregadas.
Conjunto de molduras salientes que servem de arremate superior às obras de arquitetura.
As Cariátides eram colunas com a forma de estátuas de mulheres que suportavam na cabeça todo o peso do entablamento e da cobertura do templo designado de Erectéion. Por vezes utilizadas em substituição, na arquitetura grega, às colunas de sustentação convencionais, ilustram a harmonia alcançada pela arte grega em seus padrões arquitetônicos.





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BARROCO 1600-1700
ØBarroco: termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para designar pérolas de forma irregular.
ØOrigem: Itália (séc. XVII) – irradiou-se pela Europa
ØChegou ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
ØAs obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência = renascimento
Øpredominam as emoções e não o racionalismo (arte renascentista).
Øépoca de conflitos espirituais e religiosos.
ØO estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas:
BEM E MAL; DEUS E DIABO;
CÉU E TERRA; PUREZA E PECADO;
ALEGRIA E TRISTEZA; PAGANISMO E CRISTIANISMO; 
ESPÍRITO E MATÉRIA
Características
Øemocional sobre o racional;

Øseu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção  e não apenas pelo raciocínio.

Øbusca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;e

Øentrelaçamento entre a arquitetura e escultura;

Øviolentos contrastes de luz e sombra;

Øpintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
PINTURA

Características:
Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.

ØAcentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.

ØRealista, abrangendo todas as camadas sociais.

ØEscolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.

Pintores barrocos italianos: 
Caravaggio

o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus
Andrea Pozzo
 
realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio


 
Pintores barrocos de outros países:  
Velázquez



além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.

Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.

Rubens (espanhol)

 














além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.


 








Rembrandt (Holandês)

O que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.


 
 













ESCULTURA 



Predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Obra destacada: A Praça de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Teresa.

BARROCO NO BRASIL
O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias. A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu nas cidade auríferas de Minas Gerais, no chamado século do ouro (século XVIII). Estas cidades eram ricas e possuíam um intensa vida cultura e artística em pleno desenvolvimento.

O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e
arquiteto
Antônio Francisco de Lisboa também conhecido como Aleijadinho. Sua obras, de forte caráter religioso, eram feitas em madeira e pedra-sabão, os principais materiais usados pelos artistas barrocos do Brasil. Podemos citar algumas obras de Aleijadinho: Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG).

Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o escultor carioca Mestre Valentim. No estado da Bahia, o barroco destacou-se na decoração das igrejas em Salvador como, por exemplo, de São Francisco de Assis e a da Ordem Terceira de São Francisco.

O Móvel Barroco
Época de transformações no mobiliário. O constante comércio com o Oriente traz novas influências para o móvel europeu.
O Barroco caracteriza-se, na decoração e no mobiliário, por um contraste entre ostentação e  austeridade.
De um lado, o luxo dos embutidos e dos dourados na mobília, com trabalhos executados por profissionais habilidosos. Do outro, a austeridade de algumas peças, de interiores e da decoração que lembram ainda o período medieval.
Formas rígidas, assentos retos e duros. Os contrastes barrocos não impedem, entretanto, que os móveis pareçam mais familiares. É neste período que encontramos os armários sendo cada vez mais usados para guardar vestimentas e pertences; os armários de biblioteca com portas de vidro.
Um modelo que nos é bastante familiar nos dias de hoje surgiu nesta época: o SOFÁ. Primeiramente, com pequenas dimensões, para duas pessoas, mas já estofado, um avanço para os modelos deste período.

Os contadores também ganharam espaço como peças de utilidade que serviam como decoração, devido ao emprego de técnicas decorativas requintadas, como o já citado embutido, ou com o trabalho de pedrarias ou ainda o douramento. Este móvel destinava-se a guardar coleções, objetos, papéis.
Os móveis de assento modificaram-se e diversificaram-se, sob influência do comércio com o Oriente. O uso do couro foi uma influência árabe, que chegou à Espanha e demais países europeus. Os encostos vazados usados na Índia, também foram copiados por artesãos europeus, como forma de diferenciar as peças e também economizar nos materiais empregados.
Outro aspecto importante do período barroco foi o crescimento de uma classe de profissionais super especializados:

Os ebanistas, que utilizavam a madeira do ébano nos móveis. O termo ebanista se tornou sinônimo de mobília de luxo, devido ao trabalho dos mestres artesãos desta época.
André-Charles Boulle está ente esses ebanistas de grande renome, que confeccionou verdadeiras obras de arte no período. Boulle também foi o ebanista oficial da corte francesa, até o período seguinte, conhecido como Luís XV ou Rococó.







   o rococó
 
 
Madame de Pompadour retratada por 
La Tour (1755): um ícone da época.
 O termo rococó vem da palavra francesa rocaille, que significa "concha", e está associado a certas fórmas decorativas e ornamentais. Um exemplo disso é a a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais, instrumentos musicasis e móveis. O termo Rococó muitas vezes é utilizado como sentido pejortivo, referindo-se ao exagero de adornos e brilhos.
O rococó surge como um movimento artístico principalmente europeu, surgido na França, entre o barroco e o Arcadismo e compreende os anos de 1700 e 1800. Visto por muitos como uma espécie de  variação "profana" do barroco, a partir do momento em que o Barroco se libertou da temática religiosa e começou a despontar na arquitetura dos palácios civis. Pode-se dizer que o rococó é o barroco exagerado.
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A expressão "época das Luzes" é, talvez, a que mais frequentemente se associa ao século XVIII. Século de paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das Luzes começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó. Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais.
O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.

O estilo Luís XV, como também é conhecido, este estilo foi responsável por uma transformação no mobiliário e nos interiores. Arquitetura de interiores e a mobília adquirem uma integração que não havia acontecido em outros períodos. O mobiliário rococó corresponde aos padrões da etiqueta e do comportamento da corte. É nesta época que tem-se consciência da rigidez da etiqueta e dos benefícios dos espaços íntimos. Desta maneira, o Rococó distingue espaços sociias e privados, demonstrando a preocupação com o conforto e a privacidade, conceitos realmente novos até então. As noções de conforto do Rococó são mais próximas às nossas.

Pequenas mesas serviam como criados ao lado da cama
Fauteil (1753). Madeira dourada e entalhada, coberta com a tapeçaria original de Beauvais.
Bergère Luís XV, com tecido adamascado.

Secretária femininina
Há uma preocupação em especificar e determinar o lugar dos móveis em alguns ambientes. As chaises courantes ficam posicionadas no centro da sala, prontas para o uso e para serem transportadas pela casa. As chaises meublantes são deixadas em uma só posição. Os móveis adquirem o sentido decorativo, tornando-se item de coleção. Os modelos são diversificados, com a multiplicação de pequenas mesas. A mobília também se torna mais acessível a uma quantidade maior de pessoas.
No estilo Luís XV, surgiram inúmeros modelos de secretárias e mesas com gavetas e compartimentos. Alguns modelos eram feitos exclusivamente para as senhoras, como alguns tipos de escrivaninhas. Esta escrivaninha (1768) em carvalho e bronze dourado possui decoração com placas de cerâmica de Sèvres, com motivos florais. Pode ter pertencido à Madame du Barry, amante de Luís XV.
Uma das técnicas decorativas muito adotadas durante o período Rococó foi a marchetaria. Presente em grande parte dos móveis, demonstrava a habilidade e o conhecimento do artesão e o valor do mobiliário naquela época.


Cômoda (1745-1749) em pinheiro e carvalho com mogno vermelho, bronze dourado e tampo de mármore, de Charles Cressent.
A moda Chinoiserie

Durante o Rococó surgiu a moda chamada Chinoiserie, sob inspiração oriental. Móveis importados do Oriente faziam grande sucesso entre ebanistas e artesãos europeus, que imitaram as técnicas e motivos orientais.



O estilo Chippendale
Thomas Chippendale criou modelos de móveis de estilo rococó, porém com uma interpretação bem pessoal, sobretudo da moda chinoiserie. Chippendale fundou uma fábrica de artigos de decoração, trabalhou com livros de modelos de seus móveis e artigos, influenciando o design de móveis na Inglaterra.


O rococó tem como principais características:
  • Cores claras;
  • Tons pastéis e douramento;
  • Representação da vida profana da aristocracia;
  • Representação de Alegorias;
  • Estilo decorativo;
  • Possui leveza na estrutura das construções;
  • Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
  • Texturas suaves;
  • Hedonismo;

Caracterização do mobiliário

  • Estrutura escultórica com linhas leves e curvas sinuosas, assimetria, fluidez, movimento e elegância. Alta qualidade de execução, trabalho cuidadoso na decoração e atenção aos pormenores.
  • Materiais: madeiras variadas (nogueira, faia, carvalho, pau-rosa, pau-roxo, pau-santo, pau-setim, amaranto), paineis de laca, placas de porcelana e mármore (para tampos), aplicação de bronzes.
  • Pintura e laca: utilizam-se paineis de laca oriental (ou a imitação designada Verniz Martin). Principalmente as cadeiras são pintadas, empregando-se menos a madeira dourada que no estilo anterior.
  • Elementos decorativos: fantasia de inspiração na natureza; desaparece a figura humana e animal em deterimento de motivos vegetais (flor com caule, de representação naturalista ou estilizada, sózinha, em ramos ou grinaldas, e folhagens retorcidas e enroladas); conchas, rochas, cristas de ondas (espuma); troféus (de música, etc); curvas em C e S; figuras geométricas; marqueteria de contornos sinuosos.
  • Tipologias: Proliferam móveis pequenos e para diferentes fins.
    • Cómodas (sem traves horizontais a separar as gavetas), toucadores, mesas com espelho (Poudreuse) etc;
    • Secretárias com inúmeras gavetas e compartimentos secretos, como Bureau-plat, Bureau-abattant, Bureau dos d’âne, Bureau à cilindre, Bonheur-du-jour (secretária de senhora) etc;
    • Mesas pequenas para escrever, jogar, costurar, etc;
    • Assentos estofados de diversas tipologias de acordo com a função: Fauteuil à la reine, de espaldar direito; Fauteuil en cabriolet, de espladar côncavo; Fauteuil à coiffer, com espaldar curvo no topo para permitir apoiar o pescoço e facilitar o acto de pentear; Fauteuil cabinet, cadeira curva para secretária masculina; Marquise, para duas pessoas; Chauffeuse, para sentar frente à lareira;
    • A partir dos lits de repos e canapés desenvolvem-se: chaise-longue, sopha, turquoise, duchesse (à bateau ou brisées), ottomane, paphose, veilleuse, etc.
  • Nomes de destaque
  • Surgem os menuisiers, marceneiros que desenvolvem trabalhos em madeira maciça: Avisse, Tilliard, Foliot, Gourdin, Dellanois e Cresson. 
  • Continua-se também a tradição dos ebénistes para trabalhos de folheado (folha de madeira)
  • marchetaria em madeiras exóticas, onde se destacam Dubois, R. V. La Croix, Migeon e Oeben.
  • No trabalho em bronze: Jaques Caffieri
  • Nos trabalhos de laca, as famílias Martin (Verniz Martin) e Chavalier.
 
Estilo Luis XVI
França Séc. XVIII









    O Estilo Luis XVI surgiu na França, na segunda metade do século XVIII, durante o reinado de Luís XVI e se estende além deste, entre aproximadamente 1774 e 1792.
     As curvas e os motivos florais do Rococó, perdem força, sendo substituídos por decoração mais simples mas sempre confortável.
     Existe um período de transição que se traduz em alterações superficiais do foro decorativo e não estruturais. A transição culmina na afirmação total do novo estilo com a inauguração do Castelo de Louveciennes, decorado por Ledoux para Madame du Barry.

A corte é, de novo, o modelo da nova estética.

     A própria rainha Maria Antonieta, com as suas múltiplas encomendas para o Palácio Petit Trianon, se vai tornar numa das peças chave no desenvolvimento do estilo.
     Na década de 1750 iniciam-se as escavações de Herculano e Pompéia
     O livro do Conde de Caylus "Recueil des antiquités égyptiennes, étrusques, grécques et gauloises" sobre as novidades descobertas em diversas áreas, incluindo a do mobiliário, vai dar o impulso ao novo gosto pela Antiguidade Clássica na França.

 
   O estilo Luís XVI recebe influência e inspiração do neoclássico por causa dessas descobertas,
   Este estilo, então chamado de "Style à la greque", desenvolve-se para o estilo directório, atingindo o seu expoente máximo no estilo império.
   Outro fator decisivo na transformação do gosto da sociedade da época, as teorias iluministas que apóiam o regresso à natureza,. à moral e à virtude, apresentadas por Jean-Jacques Rousseau
 

   O estilo assimila simultaneamente duas características distintas, a do estilo anterior, dentro do espírito do rococó, e a do momento que dá agora os primeiros passos, o neoclassicismo, que só assumirá toda a sua força após a Revolução Francesa.
   O estilo Luís XVI é, deste modo, um estilo híbrido, que conjuga nas suas peças vários elementos opostos, criando assim uma estética muito própria.
Elementos decorativos mais usados neste período
v    Painéis decorativos de porcelana (Sèvres, França e Josiah Wedgwood, da Inglaterra );
v    Aplicações em bronze dourado com técnicas de ourivesaria;
v    Figuras emolduradas por laços e fitas, geralmente com formato oval.
Características do mobiliário
As formas gerais dos móveis apresentam linhas mais simples e geométricas.
Maior simplicidade, sobriedade e rigidez. Dominam as linhas perpendiculares, ângulos retos e superfícies planas; 

Materiais: os mesmos materiais que no período anterior
No final do período surge o mogno, introduzido por Georges Jacob pelo seu aproveitamento de elementos do estilo Chippendale da Inglaterra.
Bronzes (dourados) finamente cinzelados
Elementos decorativos: terrinas, medalhões, ovais, instrumentos musicais; de inspiração na Antiguidade Clássica: frisos, colunas, folhas de laurácea, setas;
de períodos anteriores (Barroco e Rococó): grinaldas, drapeados, entrelaçados;
inspiração na natureza: troféus com instrumentos de jardinagem, rosas, pérolas;
Tipologias: mantém-se a mesma variedade de peças de mobiliário que no período anterior.
Introduzem-se também no mobiliário sistemas mecânicos para as mais diversas funções. 


Cadeiras:
As poltronas típicas do estilo possuem encosto em formato oval, pernas retas chamadas: à gaine.
Pernas = elementos de suporte.
Podem ser quadrangulares ou circulares, afinando em direção ao chão e apresentando caneluras a direito ou em espiral.
são ligadas à cintura (parte inferior do plano horizontal de assento) através de um cubo decorado.
Continuam os modelos estofados e as cadeiras e poltronas do período anterior.
espaldar (apoio para as costas) com moldura,
retangular = carré à la Reine
oval na vertical = dossier à medaillon
vazado (com aberturas).
com a cor natural da madeira, pintadas ou douradas.
Um das novas tipologias é a Bergère en confessional, uma espécie de sofá com apoio laterais para apoiar a cabeça.


A natureza e o campo tornam-se moda, assim como a atividade da jardinagem, transpondo para a nova estética uma série de novos motivos decorativos associados.
Como resultado da crescente austeridade, aumenta a reação contra os excessos do rococó e o seu turbilhão de curvas assimétricas, preferindo-se a linha reta e a sobriedade na decoração.
Permanecem algumas linhas curvas que suavizam a rigidez das novas estruturas, e as dotam de alguma leveza.
 


 









 












 











As mesas 
tinham formas retangulares ou quadradas, podendo ter os pés voltado em curvas para fora, ou situados em ângulos retos, com ou sem caneluras. A mesa de jantar aparece redonda.
As mesas de escrever, consoles, as cômodas naturalmente vão se adequando as novas formas, surgem as bibliotecas de dois corpos, fechadas com duas portas na parte inferior, os armários, as vitrines e os baús.






























 











Nomes de destaque:
Menuisiers (trabalho em madeira maciça):
Louis Delanois,
Jean-Claude Sené,
Georges Jacob: que introduz alguns dos elementos que caracterizarão o estilo, como as molduras retangulares e ovais das cadeiras.
Ébenister (folheados e marqueteria):
Riesener (discípulo de Oeben),
Weisweiler
Roentgon
 Beneman
Saunier
Leleu
Canabas

 Camas
As camas, as cômodas e as escrivaninhas eram os modelos de móveis mais populares durante o estilo Luís XVI eram as camas, que poderiam ter várias formas diferentes, sendo que a em forma de barca era mais apreciada;
As camas tanto podem ser colocadas junto às paredes quanto podem ser distantes, surgindo quase sempre um dossel para dar o acabamento.





Um móvel sofisticado desta época era o móvel destinado a guardar o relógio de pêndulo, que recebia decorações requintadas e na parte superior possuía uma ânfora para queimar essências. 
























Marie Antoniete








    Luis XVI










Madame du Barry


Jeanne Bécu, a futura Madame du Barry, (19 de Agosto de 1743 – 8 de Dezembro de 1793), de origem humilde, tornou-se amante de Luís XV. Morreu na guilhotina durante o período do Terror da Revolução Francesa.



  
 






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 O SÉCULO XX:


BRANCO & PRETO

O Design Brasileiro
ANOS 50:
   •Representaram um período de grandes transformações.

   •A prosperidade dos Estados Unidos  no pós guerra aumentou o consumo: automóveis, viagens, televisão, tudo o que simplificasse o trabalho cotidiano era cobiçado e representava o que viria a ser um novo estilo de vida e a forma moderna de viver.

  O Design Nacional foi influenciado por outros países e foi igualmente produtivo no período.

1947: O Museu de Arte Moderna, MAM é inaugurado.

1949: Inauguração do Museu de Arte de São Paulo, MASP.

Eles vão representar um marco que impulsionou a formação de grupos e a ampliação da atuação dos engenheiros arquitetos. Um grupo destes profissionais motivou-se após uma exposição de design no MOMA, e formou-se para pensar em arquitetura de interiores após contato com representantes das indústrias de mobiliários, equipamentos e utilitários.
O QUE FOI O BRANCO E PRETO?
Grupo de arquitetos formado por Miguel Jorge, Jacob Ruchti, Galiano Ciampaglia, Plínio Croce, Roberto Aflalo e Carlos Millan, vizinhos de escritório, que se reuniu no ano de 1952  em função da dificuldade em encontrar mobiliário adequado aos seus projetos.

  Na década de 50 não se fazia em São Paulo arquitetura de interiores numa linha moderna.

  Roberto Aflalo era arquiteto e consultor da loja Ambiente, com alguma experiência como designer e assim propôs aos colegas da Universidade Mackenzie, onde lecionava, que montassem uma loja de tecidos e móveis para decoração,  onde os clientes pudessem contratar profissionais para desenvolver o projeto de arquitetura de interiores, incluindo tecidos, tapetes, luminárias, idéia até então nova em São Paulo.

  Instalada inicialmente na Av. Vieira de Carvalho, a loja chegou a ter, nos anos sessenta, uma filial na Rua Augusta, mais voltada para a área têxtil.
  O mobiliário do grupo apresentava soluções construtivas essencialmente arquitetônicas

Utilizava madeiras como jacarandá da Bahia, caviúna, cabreúva ou pau marfim, associados ao mármore, vidro, ferro.

  As peças eram executadas artesanalmente e em pequena quantidade. Explorando principalmente a madeira e o desenho dos tecidos.
Projetaram:

cadeiras, poltronas, mesas.

Essas mobilias constituíram por muitos anos o padrão das casas modernas de São Paulo.

As peças, mesmo produzidas em série, mantinham a qualidade do acabamento artesanal.

A sociedade permaneceu até 1970 entre outros motivos pela dificuldade em encontrar mão de obra especializada e assim manter a qualidade dos produtos.
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Miguel Forte (1915 - 2002)
Miguel Forte (São Paulo SP 1915 - idem 2002). Arquiteto, designer, urbanista e professor.
  Ingressa,  em 1934, no curso de engenharia civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Transfere-se no mesmo ano para o curso de engenharia e arquitetura, em que seus projetos são premiados e publicados na Revista de Engenharia do Mackenzie.
  Retorna à instituição em 1964 como professor de projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e torna-se responsável pela disciplina em 1975.   Entre 1938 e 1942, trabalha no escritório de Rino Levi (1901 - 1965) e Jaime Fonseca Rodrigues, e abre em seguida a firma Forte & Ciampaglia, com o colega de faculdade e cunhado, Galiano Ciampaglia. A empresa de projetos e construção dedica-se exclusivamente a programas residenciais, obras de maior porte são desenvolvidas com Jacob Ruchti (1917 - 1974), outro colega do Mackenzie.
  Em 1946, Forte, Ruchti e Ciampaglia vencem o concurso para a construção da nova sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, dividindo a premiação com outras duas equipes, formadas por Levi e Roberto Cerqueira César (1917 - 2003); e Abelardo Reidy de Souza , Hélio Duarte (1906 - 1989) e Zenon Lotufo.
 
Em 1947 Forte realiza viagem de seis meses pelos Estados Unidos,, acompanhado de Ruchti, e visita as obras de Walter Gropius (1883 - 1969), Mies van der Rohe (1886 - 1969), Richard Neutra (1892 - 1970); o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), do qual se torna sócio; o Instituto de Design de Chicago; e as escolas Taliesin East e West, dirigidas por Frank Lloyd Wright (1867-1959).
  O diário redigido durante a viagem é publicado em 2001. Segundo a historiadora da arquitetura Mônica Junqueira Camargo, o contato com o MoMA e o universo museológico norte-americano influenciam o arquiteto e Rutchi no projeto de instalações das exposições de fotografias de Thomaz Farkas (1924) e da Secretaria de Agricultura, organizadas pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), além do projeto da exposição e do pavilhão da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, 1951 (demolido), este realizado em parceria com Luis Saia (1911 - 1975).
 
  Inspirados pela viagem, mas, sobretudo, pela exposição de design contemporâneo organizada por Philip Johnson (1906 - 2005) no MoMA, Forte e Ruchti abrem, em 1952, com os arquitetos Roberto  Aflalo (1926 - 1992), Plínio Croce (1921 - 1984) e Carlos Millan (1927 - 1964), além do arquiteto e colaborador assíduo dos arquitetos Chen Y Hwa, a loja de móveis e tecidos modernos Branco & Preto.

  Pouco tempo após sua inauguração, Ruchti, Hwa e Croce deixam a sociedade, que passa a pertencer a Millan, Forte e Aflalo , e esta empresa encerra suas atividades em 1970. Em 1965, Forte dissolve sua sociedade com Ciampaglia, e mantém-se ativo até 2002.
 
Comentário Crítico
  A marca mais evidente e constante na obra de Miguel Forte é sua filiação aos princípios da arquitetura orgânica de Frank Lloyd Wright (1867 - 1959). Interessado na obra do arquiteto desde os tempos de estudante, quando se opõe à orientação antimodernista do então diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Christiano Stockler das Neves (1889 - 1982) , Forte confirma sua adesão aos princípios de Wright na viagem aos Estados Unidos, em 1947, onde, além de visitar suas obras, conhece suas escolas, a Taliesin East e Taliesin West. Ele testemunha a capacidade do arquiteto norte-americano de se utilizar dos materiais e das formas da natureza na constituição de edifícios perfeitamente integrados à paisagem, e se encanta com sua atenção ao conhecimento detalhado de todas as etapas do projeto e da obra, do estudo do funcionamento de cada ambiente à sua construção efetiva. É justamente essa capacidade de atenção a todo processo construtivo que Forte assimila à sua atuação como arquiteto, realizando projetos que buscam uma integração harmoniosa com a paisagem local e se configuram como uma obra de arte total, em que cada elemento, dos detalhes até os objetos, tem não só uma relação entre si como também um vínculo estreito com as funções que vai desempenhar.
   A despeito do interesse e da relevância desse projeto, bem como do edifício de apartamentos construído, em 1944, na avenida Rebouças, novamente com Galiano e Ruchti, é nos programas residenciais que a obra de Forte ganha corpo e sentido.
  Na Residência Fileppo, 1943, um de seus primeiros projetos à frente da Forte & Ciampaglia, 1942 - 1965, o arquiteto confirma a influência de Wright na atenção dada às necessidades do cliente, no cuidado com a implantação, na integração entre os espaços internos e externos, na horizontalidade da composição, nas aberturas de janelas corridas no alto das paredes no beiral, mas também adota algumas soluções que lhes são específicas, como a ênfase na modulação da estrutura e a disposição de escadas contínuas, sem patamares, em paredes e caixilhos. Segundo a historiadora da arquitetura Mônica Junqueira Camargo, essas soluções são recuperadas e aperfeiçoadas nas residências Miguel Forte, 1948 -1949, e Luiz Forte, 1952 - 1955, sua obra mais conhecida, publicada, em 1956, no livro Modern Architecture in Brazil, de Henrique Mindlin (1911 - 1971). 
  Em ambas, assim como na Residência Cacace, ca. 1950, Forte reforça as linhas horizontais da construção, utiliza-se de materiais em seu estado natural, como a pedra, a madeira e o tijolo e, por meio de amplos caixilhos, integra os espaços internos da residência a amplos jardins, cujo desenho respeita as características do terreno e de seu entorno. A modulação da estrutura e o fechamento entre vãos com caixilhos, venezianas e painéis de madeira são, entretanto, mais marcantes nas residências Miguel e Luiz Forte do que na Cacace, conferindo àquelas obras maior singularidade.
  Seus últimos projetos são realizados na praia do Pinto, em Ilhabela, São Paulo. Preocupado com o estado de devastação da praia, Forte desenvolve um projeto urbanístico que respeita a topografia e procura, com ajuda da paisagista Irene Ruchti, recuperar a flora local. As residências ali construídas, entretanto, apesar de seguirem os preceitos orgânicos descritos, são, em função da volumetria movimentada, da acentuada declividade dos telhados, do desenho das aberturas e do peso da estrutura, muito distintos do ponto de vista plástico daqueles realizados na década de 1950, pelos quais o arquiteto é notadamente reconhecido.
  A atenção permanente ao desenho de cada ambiente e o impacto causado pela exposição de design de móveis contemporâneos no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em 1947, levam o arquiteto a realizar também projetos de móveis, alguns desenhados especificamente para uma residência, como o construído em alvenaria de tijolos de barro, madeira e estofado, que define a sala de estar e o bar da Residência Luiz Forte, outros, concebidos para serem produzidos em série pela loja Branco & Preto, 1952 - 1970, responsável pelo mobiliário e a arquitetura de interiores de dezenas de residências modernas em São Paulo nos anos 1950. Dos móveis ali realizados, destacam-se a poltrona e sofá MR7 e a poltrona MF5, realizadas com Jacob Ruchti e Carlos Millan (1927 - 1964), respectivamente. Enquanto os dois primeiros móveis são marcadamente estáticos, com desenho pesado reforçado pela opacidade do assento e do encosto, assim como pela seção quadrada da estrutura de madeira, a poltrona MF5 é um exemplo de dinamismo e leveza enfatizados pelo encosto de palha, o estofado listrado do assento e a seção curva variável da estrutura de madeira.

Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais

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Design Pós Moderno


O radical design italiano surgiu em meados dos anos 60, como uma crítica ao conceito do bom design, “encarnava a contracultura do final da década de 60 e pretendia destruir a hegemonia da linguagem visual do movimento moderno” (FIELL, 2006, p. 156).
As propostas dos grupos de radical design eram críticas aos modernistas e seus ideais, discutindo a noção de bom gosto, a boa forma alemã e o bom design, assim como a validade do racionalismo no design e o papel da tecnologia avançada como elementos para se pensar o consumo na sociedade. (FIELL, 2006).
Vários grupos surgiram desse movimento entre eles:
Archizoom Associati, fundado em 1966 (Firenze).
- desenvolveram peças de mobiliário antidesign, que influenciaram outros grupos pelo teor das propostas.
- Criticavam e ironizavam o good design, geralmente realizando releituras de clássicos, como os móveis da Bauhaus.
-           O sofá Safari, por exemplo, é descrito pro Andréa Branzi, seu criador, como “uma bela peça que você simplesmente não merece”. (TAMBINI, 1997).
-        O Studio Alchimia está associado às experiências feitas pelo designer Alessandro Mendini, na década de 1970.
-        Mendini trabalhava com a idéia do “redesign”, utilizando tanto os clássicos do design, aos quais ele aplicava decorações que os descaracterizavam, como os objetos simples e banais, transformados em algo de valor.
-        Com o fortalecimento das críticas feitas pelo antidesign, em 1981 foi criado o grupo Memphis, sob comando de Ettore Sottsass.
-        O grupo foi reunido com o propósito de criar uma coleção de móveis, objetos e produtos inteiramente novos, que seriam produzidos por pequenas empresas de Milão.
-        Esses produtos eram inspirados em estilos do passado: do Art Nouveau ao Kitsch, passando por elementos da Pop Art e da Op Art dos anos 1960.
-        A primeira exposição foi realizada em Milão em 1981 e contava com 31 peças de mobiliário, 3 relógios, 10 luminárias, 11 objetos de cerâmica e recebeu cerca de 2500 visitantes. (BÜRDEK, 2006).
-        Laminados de madeira foram feitos sob encomenda em cores fortes e vibrantes para serem aplicados no mobiliário.
-        Utilizaram cores primárias misturadas aos padrões que lembravam a Op Art, numa rejeição aos padrões do racionalismo e do funcionalismo do Estilo Internacional.
-        O mobiliário combinava cores, formas e padrões improváveis de serem aplicados ao mesmo tempo, o que resultou numa série irônica e divertida.
-        Os móveis eram fabricados artesanalmente pelas pequenas empresas de Milão, que produziam as peças em pequenas quantidades.
-        Designers do Grupo Memphis:
Nathalie du Pasquier,
George Sowden,
Hans Hollein,
Shiro Kuramata,
Peter Shire,
Javier Mariscal,
Massaroni Umeda
Michael Graves.
      A estética universal do modernismo foi rejeitada e, em seu lugar, a utilização dos símbolos criou uma linguagem feita de códigos, metáforas e referências múltiplas. Os pós-modernos acreditavam que as concepções do modernismo e seus ideais tinham se convertido em forças de manipulação para o consumo; adotaram a ironia e o humor por meio de apelos simbólicos de todos os tipos. Desta maneira, o erudito poderia se tornar popular, e o intelectual poderia se tornar acessível (TAMBINI, 1997). O design pós-moderno representava o pluralismo cultural de uma sociedade percebida como global e contemporânea; a comunicação e os signos possibilitavam transcender as fronteiras
      O design pós-moderno adota uma linguagem na qual o significado, a estética e o próprio valor do objeto são transformados. Não são os aspectos da utilidade de um produto que melhor o definem, pois a forma não segue a função como declarou Louis Sullivan, mas a capacidade de comunicação que um produto ou edifício pode oferecer em seu contexto de uso. No pós-modernismo, “o objetivo é alcançar uma codificação plural, longe dos compromissos de ocasião e dos pastiches não-intencionais” (COELHO, 1990, p.75). Designers pós-modernos: Borek Sípek, Philippe Starck, Michael Graves,Charles Jencks, Norbert Berghof, Michael Landes, Wolfgang Rang, Shiro Kuramata, Javier Mariscal.
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DESIGN POP
Nova linguagem e estética, tanto no campo gráfico como de produto.
Direção oposta ao modernismo e à racionalidade do Estilo Internacional, com sua ênfase formal.
      apropriava-se de imagens, ícones e símbolos da época, assim como criou um repertório a partir da arte ingênua e popular, encontrada nas feiras e parques de diversão.
      A linguagem pop “gerava energia nas trocas entre a arte
      Os artistas comerciais e de belas-artes alimentavam-se mutuamente e muitos designers usaram deliberadamente este rico filão misto em busca de cores, motivos e, acima de tudo, atitude”. (GARNER, 2008, p.55).
      Materiais plásticos como recurso para explorar novas formas, curvas e configurações que antes não eram possíveis.
      Alguns móveis utilizaram esta linguagem e transformaram-se em símbolos das inovações deste período, como a cadeira Sacco, de Gatti, Paolini e Teodoro era literalmente um saco feito de poliestireno ou a poltrona inflável de Lomazzi, De Pas & d’Urbino (TAMBINI, 1997).
      Cadeira Panton, do dinamarquês Verner Panton;
      Linguagem pop alterava a percepção sobre as peças de mobiliário como itens comuns do cotidiano.
      Peça inteira sem emendas, feita de plástico vermelho brilhante e empilhável.
      Verner Panton também criou interiores extravagantes e de inspiração psicodélica, que misturavam cores como o vermelho, amarelo e roxo, aplicadas na mobília, paredes ou no teto
Os designers pop criavam peças isoladas, sistemas para moradias que estavam voltadas para o futuro, cenários para os filmes de ficção científica, etc
Experiências lúdicas
Sugere ironia e humor, por meio das formas que surpreendem.
O móvel deixa de ser pensado como produto funcional apenas; recebe elementos que possibilitam uma interação com os usuários a partir das sensações e da subjetividade que são estimuladas por cores vibrantes, formas orgânicas e materiais sintéticos e variados.




      








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design oRGÂNICO

Tentativa de Humanizar o modernismo da década de 1950


Soluções com este mesmo ideal na década de 1930, 1980 e 1990.


O design orgânico não pertence a uma época específica, podendo ser observado no trabalho de vários designers, inclusive na atualidade.

 

Segundo FIELL (2005, p.531): “pretendia-se que o trabalho captasse algo do espírito da natureza.



Crucial para este desenvolvimento orgânico foi a consideração de como elementos individuais, como objetos e mobiliário, se ligavam visual e funcionalmente ao contexto do interior dos edifícios, como um todo, o modo como os interiores se ligavam visual e funcionalmente ao conjunto do esquema, e como o próprio edifício se ligava ao ambiente envolvente através da harmonia das suas proporções, uso de materiais e cor.”
Designers:
Alvar Aalto,
Eero Saarinem,
Charles Eames,
Maurice Calka
Ross Lovegrove
Expressam o conceito de design orgânico em épocas distintas
 






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Estilo Internacional
 
1931
§Denominação Estilo Internacional usada pela primeira
§Nome a um catálogo para a exposição sobre arquitetura moderna do Museu de Arte Moderna de Nova York: Estilo Internacional, arquitetura desde 1922.
Associado ao trabalho de:
Le Corbusier,
Jacobus Johannes Pieter Oud,
Walter Gropius
Ludwig Mies van der Rohe.

Para Alfred H. Barr Jr, diretor do museu, os projetos desses arquitetos ultrapassavam fronteiras nacionais e possuíam características semelhantes.
Estilo Internacional é o termo escolhido para designar as propostas do movimento moderno do início do século XX, sobretudo os projetos posteriores a 1933, ano do fechamento da Bauhaus.



edifícios, residências, mobiliário e interiores.
Le Corbusier:
 
Feira Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas de Paris, em 1925, propostas do design moderno e de uma estética da máquina.
projetos de mobiliário modular, com caixas e móveis singulares e harmônicos, como cadeiras de Thonet.
Casa = “máquina de morar’ e sua abordagem na arquitetura e no mobiliário visava um equilíbrio entre funções da moradia, pautado pela observação da ordem, clareza, simetria, harmonia e racionalidade.
 

Mies van der Rohe:

que teve uma rápida passagem pela Bauhaus
projetos arquitetônicos caracterizados por grandes panos de vidro, reboco branco e linhas horizontais alongadas, como no caso da Casa Farnsworth e de móveis que empregavam materiais industriais, principalmente o aço cromado, como a cadeira Barcelona (1929) e a cadeira Brno (1929-1930). 
 
Versão mais elegante do modernismo;
Formalismo geométrico
Utilização de materiais industriais: como aço e vidro e “uma acentuada preferência pelo reboco branco” (FIELL, 2005, p.347).
A simplicidade e clareza conferem sofisticação e elegância aos projetos.
Muitos arquitetos e designers acreditavam que formas universais, com reduzida ornamentação, e materiais industriais, reduziriam desigualdades, diminuindo as diferenças locais = utopia ligada aos ideais modernistas, que propunham uma abordagem mais democrática para o design e arquitetura.
  

Permaneceu no período do pós-guerra,

Apogeu na década de 1950,

forte influência do racionalismo e do funcionalismo.

diversas áreas: arquitetura, design gráfico e de produto.

Nos anos 1950, algumas empresas passaram a produzir móveis de designers e arquitetos modernos, voltados principalmente ao universo das grandes empresas e escritórios de corporações.

Demasiadamente funcionalista e racional?

Eero Saarinem e Charles Eames adotaram formas esculturais e orgânicas, numa tentativa de humanizar o Estilo Internacional.
Empresas como a Knoll Associates (1938) e a Herman Miller (1923) foram responsáveis por divulgar e promover o Estilo Internacional, produzindo móveis para escritórios de grandes designers da época


 
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Art déco 1925-1939

A Arte Deco teve início como um estilo decorativo internacional, mais do que um movimento no design, na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, em Paris, 1925. Dentre as referências ecléticas estão a inspiração no Cubismo de Picasso e Braque, a civilização egípcia, as máscaras africanas, o Surrealismo, Futurismo, Abstracionismo geométrico. O estilo Arte Deco caracteriza-se por formas geométricas e linhas retas, solidez, volumes e planos sobrepostos. Os materiais utilizados eram luxuosos, como o mármore, o bronze, madre-pérola e peles de animais.

O estilo Arte Deco está associado à percepção da vida urbana, da agitação das grandes cidades, dos altos edifícios imponentes no cenário urbano. Inicialmente, o estilo é sofisticado, posteriormente popularizando-se para as classes médias. Sua popularização deve-se ao cinema americano e britânico, que retratavam o estilo elegante dos interiores nos filmes da época. Embora a Arte Deco tenha surgido na França, foi nos Estados Unidos que alcançou grande repercussão e aceitação, nos mais variados artigos: de produtos até arquitetura.



 
Art déco foi um movimento popular internacional de design de 1925 até 1939, que afetou as artes decorativas, a arquitetura, design de interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Este movimento foi, de certa forma, uma mistura de vários estilos (ecletismo) e movimentos do início do século XX, incluindo construtivismo, cubismo, modernismo, bauhaus, art nouveau e futurismo. A sua popularidade na Europa foi durante os picos dos loucos anos 20 e continuou fortemente nos Estados Unidos através da década de 1930. Embora muitos movimentos de design tivessem raízes em intenções filosóficas ou políticas, a Art Déco foi meramente decorativa. Na altura, este foi visto como estilo elegante, funcional e ultramoderno.



Representa a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados. Sem abrir mão do requinte, os objetos têm decoração moderna, mesmo quando feitos com bases simples, como concreto (betão) armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres. Diferentemente da art nouveau, mais rebuscada, a arte déco tem mais simplicidade de estilo.
O estilo deve o seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas (em francês: Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes), realizada em Paris, em 1925. Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas. É o caso de uma escrivaninha de madeira laqueada, marfim e metal que reproduz um templo asteca.
Ao lado de objetos industrializados, há peças feitas artesanalmente em número limitado de cópias. Ao contrário do design criado pela Bauhaus, na art déco não há exigência de funcionalidade. Ela pode ser vista como uma tentativa de modernizar a art nouveau.

O uso de materiais menos nobres – como o baquelite, concreto (betão) armado, compensado de madeira e aço tubular – e o início da produção em série contribuem para baixar o preço unitário das obras. É o caso das luminárias de vidro com esculturas de bronze criadas pelo francês René Lalique (1860-1945), vendidas em grandes lojas. Antes, designer de jóias do estilo art nouveau, ele foi um dos grandes expoentes da art déco.

A art déco possui, nos Estados Unidos da América, duas fases formais distintas: na primeira procurou-se inspiração nas máquinas e formas industrias; na segunda seguiu-se o estilo Hollywood de inspiração nos figurinos e cenários dos filmes.
De forma geral, a arquitetura déco representa uma certa tendência de passagem entre a arquitetura produzida pelos estilo art nouveau e do ecletismo para o modernismo. Assim, observam-se elementos avanços do estilo subsequente com certas comedições correlatas aos estilos predecessores. Observa-se, por exemplo, uma tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, ainda que houvesse ornamentações pontuais e com materiais que representassem modernidade e que os volumes seguissem a composição tripartite clássica - embasamento, corpo principal e coroamento.
O art déco é marcado pelo rigor geométrico e predominância de linhas verticais, havendo a tendência de tornar, através da percepção, o edifício mais alto. Os volumes arquitetônicos são também marcados pelo escalonamento, pela transposição da ideia do Zigurate, apróximação de formas aerodinâmicas.

Como relação ao passado, o art déco faz uso intenso de ornamentação, mas que, é feita com materiais nobres e modernos para sua época. Os motivos, em grande parte são geométricos ou com elementos de povos pré-colombianos - como os maias.
Existem duas principais vertentes do art decó dentro da compreensão da arquitetura: o estilo usado em Miami e o estilo usado em Nova Iorque e Chicago. O estilo de Miami é marcado por formas mais puras e pouca ornamentação. O outro estilo é marcado fortemente por uma rica ornamentação e o uso de elementos metálicos. Como exemplos, temos em Nova Iorque, o Empire State Building e o Chrysler Building, além de diversos edifícios de baixo gabarito em Miami.


Destaca-se o uso do concreto (betão) armado, das esculturas com forma de animais, o uso dos tons de rosa e a geometrização das formas. Também pode-se destacar o uso do plástico como elemento estrutural e a pelúcia, muito utilizada como forro para as paredes internas de grandes salões.

No Brasil, Goiânia reúne grande número de exemplares de edifícios art déco, a começar pelo traçado da cidade, realizado pelo arquiteto Attílio Correa Lima. São Paulo também tem grandes exemplos como o edíficio do Banco de São Paulo - que não deve ser confundido com o edifício situado em frente, do Banespa, que também é um exemplo déco - e diversas obras realizadas pelo arquiteto Rino Levi.

Ainda no estado de Goiás, no interior, Ipameri tem o maior patrimônio da arquitetura art déco preservado, todos localizados no centro da cidade. Alguns exemplares que mais se destacam são o antigo prédio do Cine Teatro Estrela, prédio da antiga sede do Banco do Brasil, prédio sede da Câmara Municipal, prédio das antigas Chevrolet e Ford (Edifícios Firmo Ribeiro e Miguel David Cosac respectivamente), para citar alguns.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a art déco sai de moda no Ocidente, e se populariza na Coreia do Sul, Vietnã e na China pré-comunista, mas, no fim da década de 1960, colecionadores do mundo inteiro voltaram-se a se interessar pelo estilo. Rockefeller Center, em Nova York.
  • Ernst Ludwig Kirchner
  • Bartosz Wiśniewski‎
  • John Fitzgerald Durkheim
  • Fritz Bleyl
  • George Fullgraf
  • Joost Schmidt
  • Erich Heckel
  • László Moholy-Nagy
  • Karl Schmidt-Rottluff
  • Max Pechstein
  • Omar Akbar
  • Otto Mueller
  • Emil Nolde
  • Walter Gropius

 
No Brasil, o estilo influenciou artistas como o escultor Vítor Brecheret (1894-1955), o pintor Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), entre outros. Uma obra de Brecheret em estilo art déco é o Monumento às Bandeiras, em São Paulo. O edifício-sede da Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu, ambos também em São Paulo, são dois grandes marcos arquitetônicos do estilo na cidade. Outro belo exemplar da art déco na capital paulista situa-se na R: Domingos de Morais.
Foi o art déco que inspirou os primeiros prédios de Goiânia, nova capital de Goiás, projetada em 1933 por Atílio Correa Lima, cujo acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do país. Alguns dos exemplos mais significativo da art déco no Brasil são a Torre do Relógio da Central do Brasil e o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. 



A arquitetura art déco está espalhada por todo o país, mas os principais acervos art déco brasileiro concentram-se em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Há ainda importantes exemplos como Campo Grande (com a obra do arquiteto Frederico Urlass), Belo Horizonte ou Juiz de Fora (MG) (nos projetos do arquiteto Raphael Arcuri), Porto Alegre, na Avenida Farrapos, entre vários outros.

Outros conjuntos arquitetônicos em art déco significativos estão localizados em Iraí (RS), Cipó (BA) e Campina Grande (PB).

 

Em Portugal
  • Casa de Serralves, Porto (Marques da Silva, 1940)
  • Cineteatro Capitólio, Lisboa (Cristino da Silva, 1931)
  • Cineteatro Eden, Lisboa (Cassiano Branco, 1932)
  • Coliseu do Porto, Porto (Cassiano Branco e Júlio Brito, 1941)
  • Estação Ferroviária do Cais do Sodré, Lisboa (Pardal Monteiro, 1928)
  • Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Lisboa (Pardal Monteiro, 1938)
  • Instituto Nacional de Estatística, Lisboa (Pardal Monteiro, 1930)
  • Teatro Rivoli, Porto (Júlio Brito, 1923)















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BAUHAUS 1919-1933
Walter Gropius
A Primeira Escola De Design Do Mundo

A Staatliches-Bauhaus (casa estatal da construção) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha
 




Interior da Bauhaus - Dessau
A Bauhaus nasceu como uma escola de design, pensada como uma instituição interdisciplinar, que funcionasse como uma consultoria para a indústria, comércio e ofícios (FIELL, 2005). Criada na cidade de Weimar, na Alemanha, Bauhaus significa casa em construção. A escola tornou-se uma espécie de mito na história do design, por defender uma formação singular e uma visão do design como transformador da sociedade. A escola passou por mudanças em seus anos de funcionamento, com cidades, diretores e professores diversos. Os ideais que formaram a Bauhaus eram também divergentes, o que possibilitou uma concepção interdisciplinar.

A escola possuía um curso preliminar, que ensinava os princípios básicos do design e da teoria da cor e forma; e as oficinas, para as quais os alunos dirigiam-se após cursar um ano do curso preliminar. Essas oficinas ofereciam formação com metais, mobiliário, tecidos, tapeçaria, fotografia, tipografia, etc.

Em seus primeiros anos, na cidade de Weimar, a escola reuniu no corpo docente vários artistas expressionistas, tais como Lyonel Feininger, Wassily Kandisnky, Paul Klee, Georg Muche e Oskar Schlemmer. Johannes Itten teve um papel fundamental neste começo, ministrando aulas de teoria da forma, história da arte, baseado no estímulo à criatividade individual do aluno, com uma metodologia singular chamada de “intuição e método” (FIELL, 2005, p.87).

Em 1923 foi realizada uma exposição com a produção da Bauhaus e também contava com obras e produtos de artistas ligados ao Neoplasticismo (De Stijl) e ao Construtivismo, que exerceram grande influência sobre a Bauhaus.
A segunda fase da escola, de 1925 a 1928, é marcada por mudanças no corpo docente e na direção. Walter Gropius é substituído por Hannes Meyer; arquiteto com uma visão mais científica e racional, com fortes aspirações políticas. Meyer introduziu aulas de economia, psicologia e marxismo na Bauhaus. A sede da escola passa a ser em na cidade de Dessau e os professores recebem moradias próximas localizadas próximas à escola, com uma arquitetura funcional que viria a influenciar a arquitetura funcionalista posteriormente. Nesta segunda fase, Josef Albers e László Moholy-Nagy substituem Johannes Itten e conferem uma abordagem mais industrial à escola, realizando visitas às fábricas locais. A escola passa a ser chamada de Instituto de design (Hochschule fur Gestaltung).

Hannes Meyer (18 de Novembro de 1889 - 19 de Julho de 1954), foi um arquiteto suíço e um dos directores de Bauhaus.
Hannes Meyer sucedeu a Walter Gropius, mas acabou por ser despedido por ter ligações com o Partido Comunista, o que ia de encontro ao pensamento da política direitsta vigente na Alemanha da época. Foi então que Ludwig Mies van der Rohe. tomou o cargo da direcção da escola.


A partir de 1930, a escola passa por mais transformações, desta vez com a direção do arquiteto Mies van der Rohe, que adotou o método Bau und Ausbau, isto é, construção e desenvolvimento (FIELL, 2005), com ênfase na arquitetura. Como a Bauhaus possuía forte inclinação marxista, já sofria perseguição por parte do partido nacional-socialista que havia chegado ao poder e tentava fechar a escola. Mies van der Rohe tentou manter a escola em funcionamento como instituição privada, mas não obteve sucesso. Em 1933 as atividades são encerradas oficialmente e a escola é dissolvida pelos professores.
A contribuição da Bauhaus foi muito importante na criação de cursos de Design, pela pedagogia e formação preliminar associada à prática das oficinas, unindo arte, design, artesanato e indústria.

 Mies van der Rohe, Marcel Breuer, Walter Gropius e Josef Albers foram para os Estados Unidos após o fechamento da escola. László Moholy-Nagy chegou a ser nomeado diretor da New Bauhaus, uma tentativa de restabelecer a escola em Chicago em 1937, mas que teve curta duração. Em 1938 foi realizada uma exposição sobre a Bauhaus e sua importância para o design, no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa). 

Mies van der Rohe. Cadeira Barcelona, para Berliner Metallgewerbe Josef Müller (1929

Mies van der Rohe.Cadeira MR10 (1928).

Mies van der Rohe. Cadeira Brno, para Berliner Metallgewerbe Josef Müller (1929-1930).

planta da Bauhaus - Dessau



Marcel Breuer. Cadeira Wassily, Bauhaus, Dessau (1926)


Kansinsky

Alguns artistas e professores da Bauhaus:
  • Walter Gropius
  • Josef Albers
  • Mies Van Der Rohe
  • Marcel Breuer
  • Lyonel Feininger
  • Johannes Itten
  • Wassily Kandinsky
  • Paul Klee
  • Gerhard Marks
  • László Moholy-Nagy
  • Georg Muche
  • Hinnerk Scheper
  • Oskar Schlemmer
  • Joost Schmidt
  • Lothar Schreyer
  • Gunda Stölzl
  • Marianne Brandt
  • Dietmar Starke
  • Omar Akbar
Escritores/as ligados à Bauhaus:
  • Magdalena Droste,autora de um livro de memorias cujo titulo é o mesmo que o da escola.













Curiosidades

  Atualmente a Bauhaus de Weimar está entre uma das melhores universidades da Alemanha, sobretudo em arquitetura, mas também integrada em outros polos de ensino ligado às artes como o design, mídia, música, e outros.

  O ensino da Bauhaus encontra-se intrínseco na própria forma da escola atualmente, baseando-se muito na experimentação prática de ideias e na realização de seminários e workshops para confronto de conhecimentos.

  O edifício inicial projetado por Walter Gropius sofreu várias modificações após a Segunda Guerra. Em 1994 iniciou-se um processo de reforma visando restabelecer ao edifício sua condição original. O empreendimento foi promovido pela Fundação Bauhaus e coordenado pela arquiteta Monika Markgraf.
  Devido a inexistência do projeto original o trabalho foi árduo e concluído somente em 2007. Ainda hoje é o edifício principal do polo da universidade, destacando-se o escritório de Walter Gropius, mantido inalterado.

Water Gropius




Walter Gropius


































 
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primeira metade do século XX


Nas primeiras décadas do século XX, as discussões do design voltam-se para a questão da produção em série, dos materiais industriais, das possibilidades de produzir artigos antes restritos ao mercado de luxo e a percepção de uma sociedade em transformação. O design, nestes primeiros anos do século XX, mantém um diálogo com as vanguardas da arte moderna (Cubismo, Futurismo, De Stijl, Construtivismo, Surrealismo, Dadaísmo) que exercem influências mais significativas no design gráfico, mas que de algum modo influenciam o design de produtos, interiores e arquitetura. É nesta época conturbada que acontece a Primeira Guerra Mundial e também a ascensão do nacionalismo, de regimes totalitários e novas doutrinas.


Nas primeiras décadas do século XX nascem os ideais modernos pautados pelo progresso tecnológico e científico. É neste período que aumenta a produção industrial e o consumo entre as várias classes, sobretudo pela implantação de um novo sistema fabril: a linha de montagem, adotada por Henry Ford. O trabalho, a fábrica e o tempo tornam-se assuntos da engenharia, da economia e até da chamada economia doméstica, que era a aplicação dos estudos sobre trabalho e tempo nas fábricas, aplicados ao ambiente doméstico.



De Stijl (Neoplasticismo)

O movimento De Stijl, também chamado Neoplasticismo, defendia a “utopia estética e social, a produção orientada para o futuro” (BÜRDEK, 2006, p. 27). Os principais integrantes eram Theo van Doesburg, teórico do movimento, Piet Mondrian e Gerrit T. Rietveld. O De Stijl tinha como características a adição de linhas horizontais e verticais, e cores primárias, além do branco, preto e cinza. A “estética de redução” do grupo, como foi chamada por Bürdek (2006), também está presente na Bauhaus e nas propostas dos Construtivistas Russos. Esta redução pode ser compreendida como a simplificação de formas e linhas, buscando meios formais simples, associados à estética da máquina, adotada no início do século XX como símbolo do modernismo atribuído aquele período.

No mobiliário, fundamental foi a contribuição do arquiteto e marceneiro Gerrit Thomas Rietveld. Ele uniu-se ao grupo em 1917 e ajudou a promover os princípios De Stijl por meio da expressão de conceitos em três dimensões. Entre suas principais obras, destacam-se a Casa Schroeder, melhor expressão da arquitetura neoplástica, e a cadeira Red and Blue (1917),  com elementos articulados e organização espacial aberta.

 Características:
a adição de linhas horizontais e verticais

cores primárias
branco, preto e cinza

simplificação de formas e linhas
 
meios formais simples, associados à estética da máquina

O racionalismo de fundo místico
 

Lista de importantes figuras do neoplásticismo, incluindo artistas, designers e arquitetos:

ØPiet Mondriaan (1872 – 1944)

ØTheo van Doesburg (1883 – 1931)

ØGerrit Rietveld (1888 – 1964)

ØIlya Bolotowsky (1907 – 1981)

ØMarlow Moss (1890 – 1958)

ØAmédée Ozenfant (1886 – 1966)

ØMax Bill (1908 – 1994)

ØJean Gorin (1899 – 1981)

ØBurgoyne Diller (1906 – 1965)

ØGeorges Vantongerloo (1886 – 1965)

ØBart van der Leck (1876 – 1958)


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