sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cadeira cheia de bichos de pelúcia é destaque em exposição

Cadeira "Banquete", dos irmãos Campana, integra a exposição "Anticorpos", em cartaz até 15/1 no Centro Cultural Banco do Brasil
Cadeira "Banquete" (foto), dos irmãos Campana, integra a exposição "Anticorpos", em cartaz até 15/1 no CCBB, em SP
Conhecidos internacionalmente pelo design inventivo de móveis e objetos de decoração, Fernando e Humberto, os irmãos Campana, são tema da retrospectiva "Anticorpos".
A exposição ocupa o Centro Cultural Banco do Brasil (centro de São Paulo) até 15 de janeiro de 2012, com entrada grátis.
Serão exibidas 70 peças de mobiliário, caso da cadeira "Banquete", feita com mais de dez bichos de pelúcia, além de joias, luminárias e maquetes, entre outros objetos.
A exposição é dividida em nove núcleos, cada um abordando diferentes momentos e processos de criação, e ainda conta com passagens biográficas da dupla, com fotos e filmes.
Acesse o site Catraca Livre para saber informações sobre eventos gratuitos ou populares.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conferência define extensão do Protocolo de Kyoto, mas sem metas

O resultado mais importante da COP-17 já foi definido: o Protocolo de Kyoto, o acordo internacional contra emissões de gases-estufa, será estendido por um segundo período, a partir do ano que vem.
O texto da decisão, obtido pela Folha, tem duas páginas e não contém nenhuma meta de redução de emissões para os países que ficam em Kyoto, o chamado Anexo-1 (industrializados). Apenas convida as partes a submeterem suas metas -- chamadas "objetivos quantitativos de redução de emissões", ou Qelros -- até 1° de maio do ano que vem.
A decisão sobre Kyoto também chuta para a frente um problema que opôs os países industrializados nas discussões: o que fazer com o chamado "hot air" dos países do antigo bloco comunista. O colapso econômico dessas nações, nos anos 1990, fez com que elas ficassem com uma meta muito maior do que suas reais emissões, e nações como Ucrânia e Polônia queriam carregar esses "créditos" para a segunda fase. O texto diz que os países devem discutir mais esse assunto, num foro técnico.
O segundo período de Kyoto é o primeiro pedaço do pacote de decisões de Durban. Ele ainda precisa ser adotado pela COP-17, ou seja, aprovado pela plenária final da conferência, que até a tarde de sexta ainda não tinha hora para acontecer
A prolongação do protocolo era a exigência dos países em desenvolvimento, como o Brasil, para aceitarem a proposta europeia de adotar um roteiro de negociações rumo a um acordo legalmente vinculante que inclua todos os países a partir de 2015.
Na tarde desta sexta-feira, enquanto dezenas de manifestantes reunidos no térreo do ICC (o centro de convenções de Durban, que abriga a conferência) gritavam palavras de ordem e tentavam ocupar a plenária da COP, no andar de cima, negociadores de cerca de 30 países fechavam a segunda parte do pacote: o texto que deve definir o roteiro futuro das negociações.
A reunião foi suspensa por volta das 16h (horário local). A ministra do Meio Ambiente da Índia, Jayanthi Natarajan, afirmou que o bloco dos países-ilhas havia pedido duas horas para examinar a proposta. 

CLAUDIO ANGELO
ENVIADO ESPECIAL A DURBAN

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Entre loucura e genialidade


Monólogo retrata fase mais criativa de Van Gogh, que corresponde ao período das fortes crises psicóticas do pintor
 
Girassóis, óleo sobre tela, Vincent van Gogh, 1888 / Galeria Nacional, Londres

O pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) dizia que laranja era a cor da insanidade. Abusava da tonalidade e de suas cores irmãs nas pinturas de cômodos, rostos e campos luminosos de girassóis. O ator Gero Camilo, coincidentemente, gostava de plantar sementes dessa flor nos canteiros da Universidade de São Paulo (USP) quando estudava artes cênicas. Aficionado pelo trabalho do artista europeu desde os 15 anos, quando leu Cartas a Théo (L&PM Pocket, 1997), obra na qual Van Gogh descreve a evolução de sua própria “loucura”, Camilo se reveza no papel de seu ídolo e de outro ícone modernista, Paul Gauguin (1848-1903), no espetáculo A casa amarela, em cartaz em São Paulo.


O monólogo, dirigido por Márcia Abujamra, retrata uma fase extremamente criativa de Van Gogh – seus últimos anos, vividos em um sobrado pintado de amarelo em Arles, no sul da França, em companhia de Gauguin, com quem mantinha discussões estéticas intempestivas e produtivas. Nesse período, tiveram início as violentas crises psicóticas que o levariam a se mutilar, cortando a própria orelha – cena que é revivida com intensidade por Camilo –, e a ser internado em um asilo para doentes mentais, onde morreu aos 37 anos.
A casa amarela. Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295, Lapa, São Paulo. Informações: (11) 3864-4513. Sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h. R$ 10,00. Até 10 de novembro.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Designer coreano cria conceito de impressora a lápis

Para diminuir problemas ambientais como o uso excessivo de papel, cartuchos e sua disposição no meio ambiente, o designer coreano Hoyoung Lee criou a “Pencil Printer” - uma impressora a lápis. O conceito não serve somente para impressão de texto, mas também serve para apagá-lo.

Apesar de o planeta ter mudado para um modelo altamente digitalizado, não temos sido capazes de erradicar completamente o uso de material impresso e, portanto, o uso de impressoras.

Movendo-se de uma tecnologia para outra, estes aparelhos têm evoluído muito ao longo dos anos. Hoje existem vários tipos, diferenciando uns dos outros, seja em seu propósito, tamanho, velocidade ou qualidade. Com cada impressora atendendo uma indústria diferente, elas se tornam quase que indispensáveis atualmente.

Um fato geralmente esquecido é que elas podem ser uma fonte de poluição ambiental, uma vez que consomem enormes quantidades de papel, energia e tinta. Para contrariar esta situação, impressoras verdes têm sido projetadas e introduzidas no mercado. No entanto, até agora, este tipo de dispositivo não foi adotado em grande escala, de modo a fazer a diferença.

Foi pensando em como solucionar estes problemas que Lee criou este conceito, além de levar em consideração a utilização de borracha e tocos de lápis que, geralmente, ficam esquecidos em casa e o grande desejo que milhares de pessoas têm de economizar papel e, assim, salvar a floresta. A “Pencil Printer” criada pelo coreano não serve somente para impressão de texto, mas também para apagar um documento.

O truque neste conceito é a utilização de grafite extraído de restos de lápis comuns, em vez de cartuchos para a impressão. O aparelho tem duas "saídas": a primeira é para imprimir páginas, a outra, teoricamente, para apagar.

O conceito funciona da seguinte maneira: a máquina separa a madeira do lápis e usa o grafite para imprimir os documentos. Dentro dela existe também um componente embutido, de borracha, que permite remover texto de uma página e reutilizar o papel. Como o formato da impressora é curvo, a poeira da borracha é lançada para fora do dispositivo, portanto ela não atrapalha a impressão. Fazendo uso deste conceito, economiza-se dinheiro e árvores.

* Com informações do CicloVivo

100 Anos do Teatro Municipal de São Paulo

Um dos cartões postais de São Paulo, o Teatro Municipal é um dos mais importantes teatros do Brasil. Seu estilo arquitetônico se assemelha ao de muitos teatros importantes no mundo e foi inspirado na Ópera de Paris. Sua importância destaca-se por ter sido palco da Semana de Arte Moderna de 1922, que representou o marco do início do Modernismo Brasileiro.
Foi construído para estar à altura dos grandes centros culturais da época, para a Elite Paulistana e para promover a ópera e o concerto.

O local de sua construção chama-se Morro do Chá e abrigava o Novo Teatro São José. Foi projetado por Cláudio Rossi, com desenhos de Domiziano Rossi e construído pelo escritório de Ramos de Azevedo. As obras iniciaram-se em 1903 e terminaram em 1911. Seu estilo é considerado Estilo Eclético, que estava em alta desde a segunda metade do século XIX na Europa, onde foram combinados os estilos Renascentista, Barroco (do setecentos) e Art Nouveau (última moda em estilos para a época).
Era parater sido inaugurado em 11 de setembro, no entanto, devido ao atraso dos cenários da Companhia Titta Ruffo, teve sua inauguração adiada para 12 de setembro. Uma multidão se aglomerou em frente ao Teatro para bservar sua iluminação que saía de dentro e circundava o Municipal.
Iniciaram a noite com um trecho da obra "O Guarani" de Carlos Gomes, por pressão da crítica paulistana e seguiu-se com a encenação de Hamlet, ópera de Ambroise Thomas, com o barítono Titta Ruffo no papel principal.
Atualmente o Teatro Municipal de São Paulo abriga a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, a Orquestra Experimental de Repertório, o Coral Lírico, o Coral Paulistano e o Ballet da Cidade de São Paulo.
Existem em seu interior projetos de designers importantes como: o Balcão e esperlhos dos irmãos Campana.


HISTÓRICO

Imagem do post
Fachada Teatro Municipal anos 70
O Theatro Municipal de São Paulo nasceu embalando os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que nada queria dever aos grandes centros culturais do mundo no início do Século XX. Como em 1898 a cidade perdera para um incêndio o Teatro São José, palco das suas principais manifestações artísticas, tornava-se imperativo construir um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras.

O arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto ante de uma multidão de 20 mil pessoas, que se acotovelava às suas portas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

Pelo palco do Theatro Municipal passaram nomes como Maria Callas, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Claudio Arau, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nijinsky, Isadora Duncan, Nureyev, Margot Fonteyn, Baryshnikov, Duke Ellington, Ella Fitzgerald.
Tantos nomes, tantos espetáculos e ainda o cenário do movimento que promoveu uma grande transformação cultural no Brasil: a "Semana de Arte Moderna de 22".

A construção do Theatro Municipal foi considerada arrojada para a época: recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas barrocos do século XVII. Em seu interior, muitas obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores garantem um banquete para os olhos do espectador mais atento.

Duas grandes obras marcaram as mudanças e renovações no Theatro: a primeira, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.

Para celebrar o Centenário, em 12 de Setembro de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo sofreu a terceira obra, esta bem mais complexa que as demais, por restaurar todo o edifício e modernizar o palco.
Para tal, as fachadas e a ala nobre foram restauradas, 14.262 vidros que compõem os conjuntos de vitrais recuperados, as pinturas decorativas resgatadas com base em fotos antigas e o palco foi equipado com os mais modernos mecanismos cênicos.

O Theatro Municipal de São Paulo passou de departamento da Secretaria Municipal de Cultura à Fundação pública de Direito público em 27 de maio de 2011, o que confere maior agilidade e autonomia à gestão.






THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Praça Ramos de Azevedo, s/nº - Centro - SP
Telefone: (11) 3397-0300
email: teatromunicipal@prefeitura.sp.gov.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Floresta de Batatais vira cemitério clandestino de animais em SP


A Floresta Estadual de Batatais, no interior de São Paulo, está se tornando um cemitério clandestino de animais.
A reportagem encontrou na quarta-feira (7) dezenas de ossadas de animais de grande porte, como cavalos, em uma das estradas no complexo.
De acordo com Maria Helena Melo, que trabalha na administração do local, o problema foi identificado há pouco tempo.
É possível perceber a presença de urubus na mata, o que antes não era comum, segundo ela.

O responsável pela floresta, Marcelo Zanata, tem feito diversos pedidos aos funcionários para que recolham as ossadas e as levem ao lixão da cidade, localizado perto da área de preservação.
"Ninguém sabe de onde vêm esses animais. Provavelmente, são de pessoas que moram na cidade", afirmou Maria Helena.
Márcia Ribeiro/Folhapress
As ossadas estavam espalhadas e foram encontradas pela reportagem perto da estrada municipal Luiz Pupim.
As estradas da floresta são usadas como alternativas de rota por sitiantes que moram no entorno, além de ciclistas, que costumam treinar nos finais de semana e feriados.
Os ambientalistas voluntários Renata Figueiredo, 35, e Eduardo Bertasso, 30, que atuam na Apasfa (Associação de Proteção aos Animais São Francisco de Assis) de Batatais, estiveram no local e afirmaram que ficaram perplexos com o que viram.
Maria Helena, da administração, afirma que o complexo também virou ponto de abandono de animais domésticos, principalmente os que possuem alguma deficiência de nascimento.
Os ambientalistas e a administração do complexo reclamaram do aumento nas ocorrências de despejo irregular de entulho e lixo. De acordo com eles, isso ocorre quase sempre durante o período da madrugada.


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO