segunda-feira, 30 de maio de 2011

Gel azul está limpando a radiação no Japão

Uma nova tecnologia inteligente está ajudando o Japão a limpar a contaminação causada pelo desastre nuclear: segundo a revista Galileu, um gel azul que, ao ser retirado da superfície de objetos, leva junto partículas microscópicas, como a radiação. Conhecido como DeconGel, o produto está sendo usado pelas autoridades japoneses nos pavimentos dos prédios, tanto de dentro como de fora da área de exclusão.
O líquido, que endurece e vira um gel, foi descoberto por acaso por uma empresa havaiana chamada Skai Ventures. Um pesquisador, que estava realizando um experimento, deixou cair um pouco da solução no chão. Quando a limparam na manhã seguinte, o gel saiu trazendo todas as sujeiras. A parte do chão onde estava o produto ficou limpa de uma maneira irreproduzível, mesmo usando outros produtos de limpeza.

Após a descoberta, o DeconGel começou a ser comercializado, mas sem muito sucesso. Até que a empresa doou ao Japão 100 caixas com cinco galões cada, e as encomendas se multiplicaram.

O produto, quando colocado em uma superfície – por meio de pincéis ou pulverizadores –, encapsula absolutamente tudo que não é próprio daquele material, incluindo partículas microscópicas de radiação. Primeiramente, ele captura as partículas e, depois, endurece em volta delas. O método é muito mais seguro, já que, convencionalmente, a radiação é limpa com água e sabão, o que aumenta a chance de contaminar o ar, o solo ou o abastecimento de água.

Quem quiser ler mais: decongel.com


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fotografia e Documento – As aparências Enganam?

Foto: Deanna Buono Campos©2001
Fotografia e Documento – As aparências Enganam?
Fatima Alessandra Deanna Buono Campos


A fotografia tem sido utilizada como documento e registro de documentação já faz algum tempo. Além de ser um importante meio de fixação da memória de uma sociedade, ele ainda acumula o mérito de ser isenta de enganação e idônea. Com a melhoria das técnicas de manipulação de imagem e o desenvolvimento de diversos softwares que são capazes, entre muitas outras coisas, colocar, mover, apagar, adicionar, mudar a cor, a forma e até a estrutura da fotografia, essa idoneidade, porém, acaba perdendo seu sentido.
Por conta disso, muitos países, como França, Inglaterra e Brasil, debatem, atualmente, propostas de lei a fim de tornar visível ao público a manipulação existente, processada por programas de edição de imagem (MENEGHETTI, acesso em 2011).
Segundo Meneghetti (acesso em 2011) o famoso ditado popular (As Aparências Enganam) já dizia muito a respeito sobre as aparências e as incertezas que elas nos causam. Ele é irredutível, já nos pontua de modo incisivo sobre a veracidade e confiabilidade do que captamos visualmente. Mesmo assim, a fotografia ainda serve como deflagrador de aspectos coercitivos de padrões de beleza, de felicidade, entre outros, sobre os receptores (nós), fazendo com que esses se sintam pressionados a corresponderem às concepções divulgadas nos diversos meios (O Estado de S. Paulo, 2009). Apesar desses fatores, em alguns casos a edição de imagens pode ser essencial para a manutenção da linha de coerência de sua identidade como meio de comunicação. Por exemplo: Jane Druker editora da revista norte-americana Healthy confirma claramente o uso da edição da fotografia da modelo de Kamilla Wladyka, com o intuito de esconder sua magreza. De acordo com a editora, a modelo parecia bem – segundo o conceito de saudável da revista – quando foi apontada como a modelo de capa da revista, entretanto estava muito magra no dia da sessão de fotos: “ela era muito bonita de rosto, mas muito magra e não parecia nada saudável. Isso não reflete o que nós fazemos na nossa revista, que é sobre saúde” (Folha Online, 2010b).
Em conformidade com as discussões na Europa, o Brasil, através de alguns seus parlamentares, entrou na briga, cogitando a criação de uma lei que exigisse que todo anúncio de publicidade alegasse explicitamente o uso de edição de imagem caso esse processo fosse utilizado na elaboração da peça publicitária. O presidente do CONAR (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), Gilberto Leifert, mostrou-se indignado quanto à proposta parlamentar, declarando a imediata ineficácia dessa medida na promoção de mudanças significativas: “a lei do Photoshop não faz nada, não vai mudar nada” (Folha Online, 2010a).
Outra vertente prega, entretanto, que a fotografia é uma fonte, muitas vezes a única, de experiência visual que nos leva a reviver o passado. Estamos envolvidos afetivamente com essas imagens que nos mostram como éramos, como vivíamos e nossos ancestrais, amigos, cidades. Como uma espécie de trama que nos leva a épocas e lugares. A história de nossa vida (MIGRAM 1977).
De outra forma, muitos documentos são corroborados e certificados através da presença de fotografias, por exemplo: microfilmagens de documentos, fotografias do local de um crime (feita pela perícia), que se tomarmos ao pé da letra a desconfiança de veracidade destes, como haveríamos de citar ou averiguar as situações descritas acima? Se duvidamos da imagem que pode ser manipulada, podemos chegar ao extremo de duvidarmos da própria palavra (testemunho) que ela traz. Nos recordemos de fatos como disco voadores, dinossauros, monstros, fantasmas, criados por nossas imaginações férteis e fotografados por mãos habilidosas, ora manipuladoras, ora enganadas pela própria imagem e mais tarde desmitificados por tecnologias e estudos mais apurados, ou talvez, céticos.
Utilizar a fotografia como documento, portanto, depende de uma série de fatores, um deles é a ética, necessária para que este não perca a credibilidade como registro de importância, isento de manipulações. Mesmo assim ainda nos resta acreditar na própria imagem que por si só não prova nada exceto que as aparências podem, por mais verossímeis que nos sejam, enganar até mesmo seu criador.


Bibliografia:

O ESTADO DE S. PAULO. Europa quer proibir Photoshop. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/10/02/europa+quer+proibir+photoshop+8720937.html>. Acesso em 09/05/2011

FOLHA ONLINE a. Fotos e anúncios poderão ser obrigados a informar o uso de retoques. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u722570.shtml>. Acesso em 09/05/2011

_________ b. Revista altera imagem de modelo para disfarçar magreza excessiva. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u736905.shtml>. Acesso em 09/05/2011

MENEGHETTI, Maria Eduarda Zorél. As aparências enganam? Reflexão sobre a manipulação de imagens na atualidade. Semeiosis: semiótica e transdisciplinaridade em revista. [suporte eletrônico] Disponível em: <http://www.semeiosis.com.br/as-aparencias-enganam/>. Acesso em 04/05/2011.
MIGRAM, S. 1977. “Um Psicólogo Olha para a Câmara Fotográfica”, Diálogo, 10(3):42.

Workshop de Educação Ambiental Brasi- Cuba

Olá amigos:

Sei que ando meio afastada das postagens esses dias...
muitas idéias e pouco tempo.
Vida Urbana-Rural-Urbana-Mata, enfim, meus dois Avatares estão um pouco sobrecarregados...

Mas como digo em aula c'ést la vie

Acabo de chegar do workshop sobre Educação Ambiental Brasil-Cuba, muito bom, mais uma bola dentro!
Entre os excelentes professores que estão conduzindo esse evento:
Responsável: Margarete dos Santos
Gilberto Javier Cabrera Trimino – Universidade de Havana
Profa. Raquel Kibrit - Assessora de Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Prof. Ivy Moreira - Gestora Programa Aprendiz Comgás
Prof. Roney Perez - Projeto Pega Leve
Prof Dr. Rafael Orsi - Prof. Assistente UNESP- Araraquara


Dica de Hoje: Acessem www.aprendizcongas.com.br
e também: www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=4798 




As Coisas que Moram nas Coisas

Gênero Ficção
Ano 2006
Duração 14 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil
Local de Produção: SP







Enquanto acompanham sua família formada por catadores de lixo, três crianças atribuem novos significados aos objetos descartados pela cidade, inventando brincadeiras e pontos de vista.

   

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Imagem, a Fotografia e a Fala


No mundo globalizado a imagem a cada dia vai substituindo a palavra como meio de comunicação. A dificuldade de expressão através da escrita ou da fala é visível, em todos os meios de comunicação, nas escolas, nas empresas, etc. A humanidade está, cada vez mais, condicionada, irresistivelmente, a visualizar. Tablóides, flayers, filmes educativos e documentais, películas de massa, revistas e televisão. Em certas ocasiões temos a sensação que a existência da palavra está ameaçada. Será que essa suposta guerra entre imagem e palavra é real ou apenas uma sensação? O fato é que tornou-se senso comum que a imagem é um dos principais meios de interpretação, e que sua importância está se firmando cada vez mais.
Segundo Abbott (1980) a fotografia, totalmente identificada, na mente do cidadão comum, com o lazer; fotografia, para quase todo mundo, muitas vezes é identificada somente como hobby, passatempo ou eventos especiais. Esquece-se, assim, de certa maneira, da participação fundamental da fotografia em quase todos os momentos da vida do homem. Hoje, ao contrário dessa imagem tão amplamente difundida, a fotografia é parte integrante da ciência, da indústria, das comunicações, das pesquisas de desenvolvimento, da previsão de acontecimentos e das experiências mais arrojadas. Da geologia à astrofísica, da cirurgia à agricultura, da estamparia a frio de tecidos ao desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos – em tudo a fotografia está presente, colaborando com o progresso e a felicidade do homem.
De acordo com Andrade (2002), a fotografia foi um dos inventos da modernidade que revolucionou a forma do homem se representar e se relacionar.
A fotografia como meio de expressão, pode ser usada de inúmeras formas, no jornalismo, em revistas, em anúncios, relatórios, sites, palestras com finalidades diversas, na comunicação e no marketing de empresas, ou seja, como ferramenta para compor a imagem de uma corporação, de seus produtos e serviços junto aos clientes, acionistas e colaboradores.
Provavelmente o maior diferencial da fotografia, é o fato dela ser realista, temos a tendência a interpretar uma fotografia como algo real, palpável e verdadeiro, se uma instituição parece bem organizada, limpa e produtiva na foto, assim é a impressão que teremos dela.
De certa forma podemos dizer que o homem do paleolítico tirava fotos com sua mente e dava vida através de gravuras nas duras paredes das cavernas. Antes da palavra escrita as imagens já era uma ferramenta para registrar sensações, roteiros de caçadas, perigos e fala dos Deuses. O homem caminhou até a escrita erudita que o abarrotou de regras, preceitos, certos e errados, de tal forma que seu espírito não mais conseguia falar apenas pela palavra. Este mesmo homem criou a tecnologia e com ela as Nikon, as Canon, Leika e Rollerflex, retornando às questões paradigmáticas que resultam, cada vez mais, num volta da importância da imagem em contraposição a palavra, na construção de novos rumos que expressem seus anseios, objetivos e metas.
E assim, como dissemos anteriormente no mundo globalizado a imagem a cada dia vai substituindo a palavra como meio de comunicação.

Referências bibliográficas

ABBOTT, Berenice, 1980. “Photography at The Crossroads” In: Trachtenberg, Allan, org. Classic essays on photography. New Haven: Leete’s Island Books, 1980, p.179.

ANDRADE, Rosane de, Fotografia e Antropologia: Olhares Fora-Dentro, São Paulo: Estação Liberdade, 2002.